terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ANEXOS

ANEXO 1: - "E viemos nascidos do mar" - Ana Moura


E muito se espantam da nossa brancura entretanto,
E muito pasmavam de olhar olhos claros assim,
Palpavam as mãos e os braços e outras partes, portanto,
Esfregavam de cuspo minha pele para ver se era enfim,
Uma tinta ou se era de estampa uma carne tão branca,
Vendo assim que era branco o meu corpo e a brancura de então,
Extasiam e muito se pasmam de tudo em admiração;
E eram os brancos da sombra nascidos do mar pelas naus,
Guiados pelos ventos do céu e pelo voo das aves;
Eles escondem as suas vergonhas cobertas de estopas,
E eram grandes e gordos e baços e enxutos, os pretos,
Pelas ventosidades confundem traseiros e bocas,
E tapam aqueles e estas dobram calafetos,
E os mais pardos lá vão quase nús, vão ao léu, gabirus,
E de tetas até à cintura há mulheres crepitantes,
Tão desnudas meneiam na dança o seu corpo dançante;
E eram os brancos da sombra nascidos do mar pelas naus,
Guiados pelos ventos do céu e pelo voo das aves;
Eles escondem as suas vergonhas cobertas de estopas,
E eram grandes e gordos e baços e enxutos, os pretos,
Pelas ventosidades confundem traseiros e bocas,
E tapam aqueles e estas cobram calafetos,
E os mais pardos lá vão quase nús, vão ao léu, gabirus,
E de tetas até à cintura há mulheres crepitantes,
Tão desnudas meneiam na dança o seu corpo dançante;

E eram os brancos da sombra nascidos do mar pelas naus,
Guiados pelos ventos do céu e pelo voo das aves. (2x)

ANEXO 2 - “Amor a Portugal” – Dulce Pontes

O dia há-de nascer

Rasgar a escuridão

Fazer o sonho amanhecer

Ao som da canção

E então:

O amor há-de vencer

A alma libertar

Mil fogos ardem sem se ver

Na luz do nosso olhar

Na luz do nosso olhar

Um dia há de se ouvir

O cântico final

Porque afinal falta cumprir

O amor a Portugal

O amor a Portugal!


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